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Blazer EV RS chega ao Brasil, mas elétrico ainda não gera confiança e preços nas alturas

A Chevrolet lançou oficialmente o Blazer EV RS no Brasil, um SUV elétrico com visual imponente, interior de luxo e um pacote tecnológico de ponta. Mas por trás do brilho dos LEDs e das telas digitais, o modelo deixa claro que a mobilidade elétrica no país ainda é uma promessa distante da realidade.

A Chevrolet lançou oficialmente o Blazer EV RS no Brasil, um SUV elétrico com visual imponente, interior de luxo e um pacote tecnológico de ponta. Mas por trás do brilho dos LEDs e das telas digitais, o modelo deixa claro que a mobilidade elétrica no país ainda é uma promessa distante da realidade.

Com 347 cv e 481 km de autonomia anunciados — número que dificilmente se comprova no uso real — o SUV chega ao mercado nacional apostando alto em tecnologia e estilo. Mas basta colocar o carro nas ruas para perceber: a autonomia mal chega a 350 km, e isso em condições ideais. Para quem pensa em uma viagem interestadual, melhor esquecer.

Com quase 5 metros de comprimento e um entre-eixos de mais de 3 metros, o Blazer EV impressiona no espaço interno. O acabamento é refinado, o painel digital, exuberante, e a central multimídia integrada ao Google mostra que a Chevrolet sabe caprichar. Mas convenhamos: em um país onde a infraestrutura de carregamento é escassa, esses luxos parecem apenas maquiagem.

Com previsão de preço em torno de R$ 479 mil, o modelo quer disputar espaço com BMW iX3 e Porsche Macan elétrico. O problema? Ao contrário desses rivais europeus, o Blazer EV estreia em um cenário de incertezas, sem rede de carregamento confiável e com um mercado consumidor ainda cético — e com razão.

O Blazer EV é mais um capítulo do marketing verde que domina as montadoras. Bonito nas propagandas, limitado na prática. Para o consumidor médio, é caro demais para ser o segundo carro, e arriscado demais para ser o principal. Afinal, qual o sentido de ter um SUV robusto se ele não te leva nem até a casa de praia com segurança?

No fim das contas, o novo Blazer é um retrato fiel do momento atual dos elétricos no Brasil: uma promessa cara, elitista e ainda desconectada da realidade da maioria dos motoristas.

Olha, carros elétricos têm seu charme e, sem dúvida, são uma das grandes apostas para o futuro da mobilidade. Mas quando a gente sai do marketing das montadoras e olha com olhos mais críticos, especialmente no contexto global e brasileiro, dá pra ver que ainda tem muito chão pela frente.

Pelo mundo, a história é um pouco mais promissora — em países como Noruega, Alemanha, China e até EUA, a infraestrutura de carregamento já está relativamente bem desenvolvida. Lá, rodar com um EV (veículo elétrico) faz mais sentido, com redes de carregadores rápidos, incentivos fiscais e até vias exclusivas em alguns lugares. Mas mesmo assim, a autonomia ainda é uma pedra no sapato. Os modelos topo de linha prometem 500, 600 km, mas na prática — com ar-condicionado ligado, trânsito pesado, subidas, e uso real — isso cai fácil para 300 ou menos.

Agora no Brasil... é outra conversa. A infraestrutura é extremamente limitada, especialmente fora dos grandes centros. Rodar de SP até o interior de Minas ou até o Sul do país com um elétrico? Boa sorte se não tiver um carregador rápido na rota. E mesmo os modelos mais caros aqui sofrem com essa “autonomia teórica” — o que está no papel dificilmente se traduz em realidade.

E você compraria um elétrico?  Se analisarmos a atual situação deste nicho de mercado percebemos que os elétricos virou “brinquedinho” de uma  classe com dinheiro sobrando, nem vou falar rico porque existe elétricos de diversas marcas e preços no mercado brasileiro. Porém é o tipo de carro que não lhe transmite segurança em fazer uma viagem mesmo que seja dentro do seu Estado. Se você tiver mais dois carros em sua garagem, pode até valer o investimento em se tratando de conforto. Mas um carro beirando os R$ 500 mil não dar pra ser o terceiro carro da família. Infelizmente o carro elétrico por mais que todos falam que é uma tendência sem volta continuo apostando nos modelos híbridos, muito mais tranquilos e sem dor de cabeça.



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